Coluna da Ellen – Lição 9 – 1º Trimestre/2023
O contexto social e histórico influencia nossa Língua diretamente, e também o uso que fazemos dela, num ciclo que se alimenta constantemente. Nesse processo, há o que os estudiosos chamam de “preconceito linguístico”, que se trata da variação da utilização da Língua falada ou escrita, abarcando gírias e sotaques, além de “erros” que se tornam marcas de um determinado grupo de falantes. Quando não respeitamos a norma padrão, nosso texto escrito ou oral pode ser desvalorizado.
Alguns erros são mais frequentes entre os nossos; é o caso da concordância verbal. Segundo a regra, o verbo deve “combinar” com o termo a que ele se refere. No versículo 2 de Atos 19, os crentes em Éfeso dizem: “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. Note que o verbo “ouvimos” não concorda com nenhuma outra pessoa senão a 1ª pessoa do plural (nós), não podendo ser relacionada a “ele”, por exemplo (Ele nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo) nem a qualquer outro.
Outra situação trabalhada pela concordância verbal é a variação de número (singular X plural). No primeiro subtópico do ponto II, temos que “outros irmãos se juntaram a ela [à irmã Celina Albuquerque]”. Se tivesse sido apenas um irmão, o verbo juntar teria vindo em forma singular: “juntou”. O que acontece frequentemente é que, na rapidez com que precisamos falar muitas vezes, perdemos a qualidade das nossas palavras – mas não a da mensagem – e não pronunciamos os plurais corretamente, sendo alvos de alunos mais críticos.
Nossa mensagem em si deve ser a Verdade, mas o veículo com que essa mensagem viaja também é importante.
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