Coluna da Ellen – Lição 12
A Língua Portuguesa, como as outras que existem, é viva e o seu objeto de estudo surge do uso de seus falantes. Como sabemos, a cultura de um povo influencia diretamente nesse movimento. A exemplo, podemos citar a modificação do pronome “ele” quando se refere a Deus, grafando em letra maiúscula, mesmo estando no meio do período.
Essa forma está prevista na norma ortográfica de 1945, em “casos em que a segunda parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.” ou em que “a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc.”, sendo endossada posteriormente no Acordo Ortográfico de 1990. Então, quando se refere a Deus, pode-se escrever “acreditamos nEle” ou “eu O aceitei em meu coração”.
Não é por esse motivo, entretanto, que escrevemos Deus com d maiúsculo. Isso se dá porque, com d minúsculo, nos referimos a qualquer divindade, qualquer deus, mas quando o substantivo é próprio, designa um deus específico, a quem não podemos atribuir nome, já que Ele mesmo não o revelou, usamos d maiúsculo.
É o que acontece também com “Espírito”, explicado no primeiro ponto da lição desta semana, que faz referência ao nome da terceira pessoa da trindade, o Espírito Santo. Construir um texto, oral ou escrito, exige conhecimento, não só das normas da Língua, mas também da intenção que se quer atribuir nele. “Fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31)
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