Concupiscência dos olhos: a doença de Sansão!

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Olhando em perspectiva a história de Sansão concluímos que apesar de ser fruto de uma promessa divina (Jz 13:3) e impulsionado pelo Espírito Santo (Jz 13:25), ele tinha um grave problema: não controlava seus olhos! Pelo contrário, vivia por eles.

Primeiro, ele viu uma das filhas dos filisteus (Jz 14:1,2) e esta lhe agradou aos olhos (Jz 14:3, 7). Depois viu uma prostituta em Gaza, uma das cidades importantes dos filisteus (Jz 16:1). Depois viu Dalila (Jz 16:4). A mulher que o trairia e receberia de cada um dos príncipes filisteus 1.100 moedas de prata.

Esta mesma síndrome acomete a muitos “nazireus” de Deus. Separados para o serviço, santificados pelo Senhor, veem-se às voltas com seus olhos. Nos dias modernos é a internet uma fonte inesgotável de pecado, onde os Sansãos crentes se deleitam.

Tenhamos cuidado. Deus é longânimo (2 Pe 3:9), mas chega uma hora em que diz: Basta! Aí não tem mais jeito. Ou ele cumpre seu próprio juízo ou permite que sigamos nosso torto caminho, com um coração tentado pelo pecado e desviado dEle.

Aos jovens, diz a Palavra: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec 11:9). Um versículo que serve, também, aos adultos e velhos.

Jesus falou que a candeia do corpo são os olhos (Mc 6:22). Se eles forem bons, nosso corpo terá luz, do contrário, terá trevas (Mc 6:23). Portanto, tenhamos domínio próprio sobre eles

Perceba que em momento algum Deus impediu Sansão de pecar. Essa sensação de arbítrio pode nos trair. Esperamos que Ele envie seus raios, nos brade dizendo que não devemos olhar para as filisteias (nem para a próprias hebreias, que não são nossa esposa!). Mas isso só acontece em casos pontuais, conforme a sua soberania.

Sansão viveu por sua concupiscência e pagou com sua própria visão. Perdeu os dois olhos (Jz 16:21), ficando cego espiritual e materialmente (Jz 16:20). Que possamos aprender a não fazer o que ele fez, nem seguir seu caminho guiado pela vista. Também para o pecado vivemos por fé!